Como tinha falado voltei pra minha dietinha e aos poucos tenho me sentido bem melhor! A única mudança foi que meu nutri me indicou a fazer 2 dias e 2 dias sem carbo por 1 mês e depois passar a 5/2 o que eu adorei hehehe que saudade da minha banana com aveia de manhã!!!
Não sei quanto à vocês mas às vezes me bate uma preguiça infinita de fazer legumes ou salada principalmente a noite e acabo por comendo só a proteína. Então falei isso ao meu nutri e ele me disse que é necessário porque precisamos acertar o balanço ácido-base da minha dieta e eu fiquei com aquele enoooorme ponto de interrogação na cabeça, mas é claro que o querido Reinaldo não dá ponto sem nós e me mandou um texto interessantíssimo sobre isso!
Leiam porque vale muito a pena e eu nunca tinha lido nada a respeito ainda... Procurando na net achei mais informações da tabela PRAL aqui para quem se interessar http://www.healthconnexin.com/hcn1_0/Cuisine_PRAL.aspx
O Balanço
Ácido-Base de nossa Dieta
Texto editado por Miguel Chain
Revisado pelo Nutricionista Reinaldo
José Ferreira
- Remer and
Manz, J. Am Diet Assoc. 95: 791-797, 1995.
-Maurer et
al, Am J Physiol Renal Physiol. 284(1): F32-40, 2003.
- Sebastian et al. Am J Clin Nutr.
76(6): 1308-1316, 2002.
Reinaldo José Ferreira CRN3 – 6141
www.suplementacaoesaude.blogspot.com.br
Sempre que pensamos no treinamento com pesos com o
objetivo de ganhar músculos ou perder gordura, não podemos nos esquecer de
levar em conta a dieta. Nenhum programa de treinamento funcionará perfeitamente
caso a dieta não corresponda aos objetivos almejados. Se tivermos um treino
ótimo e uma dieta ruim, não atingiremos o objetivo. Por outro lado, se tivermos
um treino ruim, mas uma dieta ótima, até poderemos ver resultados medianos.
Para que cheguemos aos melhores resultados, no menor
intervalo de tempo possível, é preciso calcular com precisão milimétrica tanto
o programa de treinamento quanto a dieta. Se você está na frente do seu PC ou
Smartphone lendo este artigo agora, as chances de que você treine musculação seriamente
são grandes. Por isso, imagino que queira obter sempre o melhor resultado
possível em seus treinos.
Quando falamos sobre dietas, muitas coisas básicas e
óbvias nos vêm à cabeça. Alguns tópicos saltam à nossa frente, impedindo que os
deixemos passar desapercebidos. Balanço calórico. Precisamos ingerir mais
calorias do que gastamos para ganhar massa muscular; ingerimos menos calorias
para perder gordura. Partição dos macronutrientes; precisamos ingerir muito
menos carboidratos quando quisermos perder gordura corporal. Ingerir fontes de
gorduras boas como azeite extra-virgem, amêndoas e castanhas adiciona calorias
importantes na hora de ganhar massa muscular
(sem o grande risco de acumular gordura). Vitaminas e minerais também
não podem ser desconsiderados.
Diante de tudo isso e de muitos outros fatores, será que
nunca nos esquecemos de nada? Será que mais nada poderia ser adicionado ao
nosso arsenal?
Eu sinceramente pensava que não. Praticamente tudo
estava na mesa. Todos os fatos estavam ali. Eu estava equivocado. Havia ainda,
mais um elo perdido que nos ajudará muito. O balanço ácido-base de nossa dieta.
Sempre me preocupei com o balanço calórico e em agrupar
e montar cada refeição na hora certa para que houvesse todas as alterações
hormonais corretas. Diferentes tipos de alimentos, com diferentes velocidades
de digestão e absorção, quantidade de proteína, diferentes concentrações de
micronutrientes e muitos outros fatores trazem mudanças e alterações no balanço
ácido-base do nosso organismo. Embora pareça irrelevante, o equilibrio
ácido-base (EAB) é fundamental para a manutenção da saúde e obtenção de uma
melhor performance atlética.
Como funciona?
Basicamente, quando a comida que ingerimos é digerida,
cada um de seus componentes irá se apresentar aos rins ou como um composto
ácido, ou como um composto básico. Quando totalizamos os macro e micronutrientes
(ambos têm um papel fundamental nessa questão) de acordo com sua propriedade de
gerar compostos ácidos ou básicos no final do dia, teremos o saldo. Se tivermos
ingerido mais alimentos ácidos, teremos nosso organismo em um estado “ácido”.
Se mais alimentos básicos tiverem sido ingeridos, nosso organismo estará em
estado “básico”.
Quando ficamos em acidose crônica por algum tempo (vocês
descobrirão que praticamente vivemos em acidose crônica) temos problemas
relacionados à testosterona e GH, aumento da liberação de cortisol, perda de
massa óssea e grande diminuição da taxa de síntese protéica muscular. Vamos
falar sobre isso mais abaixo.
Determinar se certo alimento possui uma carga básica ou
ácida em nosso organismo não é tarefa simples. O bom senso nos faz imaginar que
alimentos proteícos geram uma carga ácida, pois os aminoácidos (que formam a
proteína) possuem um grupo ácido em sua constituição química. Imaginamos também
que alimentos ricos em potássio gerem uma carga básica. Será que é assim que
funciona?
Quais alimentos são responsáveis pelas cargas ácidas e
quais são responsáveis pelas cargas básicas? O que eu devo comer ou deixar de
comer? Essas perguntas ficaram me martelando por um tempinho. Foi então que
encontrei um artigo de dois pesquisadores,
Remer e Manz. Esses pesquisadores de Dortmund, Alemanha desenvolveram
uma tabela de classificação dos alimentos de acordo com sua carga ácida ou
básica. Eles a batizaram de – Potential Renal Acid Load ou simplesmente PRAL.
Essa tabela mostra valores exatos da carga ácida ou
básica de vários alimentos. Quanto maior o valor do PRAL, maior a carga ácida
no organismo. Para fins clínicos isso é importante pois o médico pode calcular
com precisão o saldo ácido básico do paciente e potencialmente salvar sua
saúde. Para nós, que só queremos ficar ainda maiores, os cálculos são um pouco
mais simples.
Por que deveríamos
dizer não ao ácido ?
Cada célula de nosso corpo funciona melhor dentro de uma
faixa de pH; algumas preferem um pH mais ácido, outras um pH mais básico. Mas
sempre nosso organismo tenta atingir um pH médio geral normal.
Nas últimas décadas, o aumento do consumo de alimentos
indústrializados e altamente processados têm criado uma condição chamada de
“Acidose metabólica crônica leve”. Ou seja, vivemos em acidose na maioria do
tempo, ela é causada pela dieta e é uma acidose fraca. Alguns tipos de doenças
poderiam causar a temida “acidose metabólica”, essa uma condição com sintomas
claros e muito prejudicial à saúde. Mas estamos discutindo aqui a “acidose
metabólica crônica leve”. Isso quer dizer que as alterações nos marcadores de
exames ou sintomas são pequenas demais, muito sutis.
Mesmo assim, suas células vão reconhecer essas sutis
alterações de pH e começarão a trabalhar de forma insatisfatória para suas
necessidades atléticas (ganhar muita massa muscular sem gordura).
Nossos ancestrais (de milhares de anos atrás) viviam do
que chamamos caça e coleta. Basicamente eles caçavam animais selvagens e comiam
poucos vegetais e nozes. Porém, esse tipo de dieta proporcionava um saldo
“não-ácido”. A medida que a sociedade como conhecemos hoje foi se
desenvolvendo, nossos hábitos mudaram. Quando o homem deixou de ser nômade, se
organizou em tribos e desenvolveu a agricultura, começamos a ingerir principalmente
grãos. Com a revolução industrial, os grãos começaram a ser processados e a
virar farinha. E atualmente 90% da comida ingerida é processada ou modificada
quimicamente através de corantes, emulsificantes, espessantes, conservantes
entre outros.
Com isso, vivemos com o que os especialistas chamam de
“acidose crônica leve”. O quadro se agrava quando começamos a pensar em nossas
dietas dirigidas aos objetivos na academia. Ingerimos muitos grãos e proteína
animal – todos fatores desencadeadores de saldo ácido. E ingerimos em pouca
quantidade (muitos nem ingerem) fibras e alimentos ricos em bicarbonatos.
Nesse quadro (acidose crônica leve) , nosso organismo
vai tentar manter o pH normal a todo custo. Para isso ele vai se utilizar de
alguns mecanismos Tampão (Reações fisiológicas que visam neutralizar a
acidose). Alguns tecidos de seu corpo vão sofrer com isso.
Massa Óssea
O cálcio é um mineral com uma forte ação básica. Por
isso, nosso organismo frequentemente se utiliza dele para formar soluções
tampão. Sabemos que os ossos são o local de maior concentração de cálcio em
nosso corpo. Em caso de acidose metabólica, a ação dos osteoclastos (células
responsáveis pela degradação óssea e consequente liberação de cálcio na
corrente sanguínea) são ativados fortemente. O resultado disso é que perdemos
massa óssea para poder neutralizar o saldo ácido. O cálcio acaba sendo
excretado pela urina juntamente com os ácidos que ele acabou neutralizando.
Massa Muscular
A Glutamina é um dos aminoácidos com maior poder de tamponamento
em nosso organismo. Dessa maneira, a Glutamina acaba se comportando
praticamente como o cálcio – neutralizando a acidose em nosso organismo. Como o
maior reservatório de glutamina no corpo humano são os músculos, a acidose
metabólica crônica leve ocasiona uma constante degradação de proteína muscular
para que a glutamina seja liberada e possa agir neutralizando o efeito ácido.
Além destes dois principais efeitos, a acidose crônica
leve também tráz outros problemas que deveriam preocupar qualquer atleta que se
preze como diminuição da produção de IGF-1 e GH, hipotiroidismo leve e aumento
da produção de cortisol.
Alguns exemplos
importantes da tabela PRAL:
Carne vermelha – 7.8
Frango – 8.7
Peixe – 8.0
Leite – 1.0
Clara de ovo – 1.0
Gema de ovo – 23.4
Brócolis – -1.4
Couve-flor – -4.0
Espinafre – -14.0
Alface – -1.8
Cogumelo – -2.5
Bananas – -5.5
Arroz branco- 1.7
Aveia – 10.7
Macarrão integral –
7.3
Batata inglesa – -4.0
Azeite de oliva – 0
Cálculos -
Estes valores acima são a carga ácida equivalente a cem
gramas de alimento. Se quisermos calcular o saldo ácido-base de uma refeição,
podemos fazer o seguinte:
Exemplo 1
200grs de macarrão integral
200 grs de carne
Pegamos o PRAL equivalente a 100 grs do arroz – 7,3 – e
multiplicamos por
dois ( já que comemos 200 grs de arroz ). O resultado
será 14,6.
Pegamos o PRAL equivalente a 100 grs de carne – 7,8 – e
multiplicamos por dois ( já que comemos 200 grs de carne ). O resultado será
15.6.
Somamos os dois PRALs – 14.6 + 15.6 = 30.2.
Como vimos antes, o saldo da refeição deveria ter o
valor o mais próximo de zero possível. Trinta ponto dois é um valor alto e nos
diz que a refeição gerou uma carga ácida considerável. Imagine fazer cinco
refeições assim ao longo do dia.
Exemplo 2
200 grs de arroz
200grs de carne
50 grs de espinafre
Vejamos esta refeição. Olhem que interessante. Vamos às
contas:
PRAL do equivalente a 100 grs de arroz – 1,7 –
multiplicado por dois (200 grs de arroz) igual a 3,4.
PRAL do equivalente a 100 grs de carne – 7,8 – e
multiplicamos por dois (200 grs de carne) igual a 15,6.
PRAL do equivalente a 100 grs de espinafre – -14 – e
multiplicamos por 0,5 (50 grs de espinafre) igual a -7.
Vamos ver o saldo: 3,4 + 15,6 – 7= 12 .
Ainda é longe do zero, mas muito melhor do que os 30,4
da refeição 1. Se fosse colocado mais 50 grs de espinafre, o saldo da refeição
2 seria de apenas 5. Bem perto do zero.
Aspectos
Importantes:
Tenha em mente que o balanço ácido-base é um fator
relevante, mas secundário na hora de preparar um plano de alimentação. O mais
importante ainda é levar em conta a composição de macro e micronutrientes,
número de calorias e valor nutricional.
Não deveríamos parar de consumir aveia só porque seu
PRAL é 10,7 – Aveia é rica em carboidratos compostos, de digestão lenta e rica
em fibras solúveis. A aveia é parte importante em nossa dieta, liberando
energia de forma lenta e gradual e auxiliando na saúde cardiovascular.
Outro exemplo é a batata. Seu PRAL é negativo (-4.0). Se
pegarmos o caso do exemplo 1, onde o saldo final da refeição foi de 30.2.
Poderíamos pensar em adicionar algum alimento de PRAL negativo a fim de
diminuir o valor do saldo e por consequência melhorar o balanço ácido-base
naquela refeição.
Se colocássemos 200 grs de batatas, o saldo cairia para
22.2 ( 30.2 – 8 ); o que seria benéfico para o balanço ácido-base, mas horrível
para o balanço calórico, já que 200 grs de batatas iriam adicionar muitos
carboidratos e calorias à refeição e ainda precisamos considerar o alto índice
glicêmico da batata inglesa que é ao redor de 110.
A melhor opção que temos é simples. No dia a dia não
precisamos ficar com uma calculadora à mão somente para calcular o PRAL. Pela
pequena tabela acima percebemos que alimentos proteicos e grãos possuem valores
PRAL geralmente positivos e alto. Os vegetais em geral possuem PRAL negativo.
Esse é o ponto chave.
Praticamente todos os vegetais são ricos em fibras e
fitonutrientes poderosos, que só irão beneficiar nossa saúde. Além disso, os
vegetais contém pouquíssimas calorias. Isso os torna o nosso principal aliado
quando a questão é balanço ácido-base nas refeições.
Pontos-Chave
Como os vegetais são alimentos ricos em fibras e
fitonutrientes, possuem quase nenhuma caloria e possuem valor PRAL negativo,
eles são a arma perfeita para tentarmos regular o balanço ácido-base e evitar a
acidose crônica leve.
As principais armas deste arsenal, utilizadas por mim e
alguns seguidores são dois vegetais em especial: Brócolis e Espinafre.
Estes dois vegetais são uma excelente escolha:
• Ricos em fibras – auxiliam na prevenção de doenças
cardiovasculares, melhoram a digestão e absorção dos nutrientes.
• Ricos em fitonutrientes – Vitaminas, antioxidantes
entre outros que vão promover um melhor e mais longo funcionamento do nosso
organismo.
• Possuem baixas calorias – Na verdade eles têm tanta
fibra, que o processo de digestão acaba sendo muito custoso ao organismo. Em
outras palavras, gastamos muito mais calorias para digeri-los.
• Possuem PRAL negativo – No caso do espinafre, o PRAL é
de -14 para cada cem gramas do alimento.
Conclusão:
A dieta à qual nos submetemos nos dias de hoje, cheia de
alimentos processados e industrializados causa uma condição conhecida como
“acidose crônica leve”. A dieta utilizada pelos praticantes de musculação, baseada
geralmente em grãos e proteína animal também contribui de forma substancial
para esse quadro.
Devemos consumir vegetais, principalmente brócolis e
espinafre, pois eles ajudam a regular o balanço ácido-base em nossa dieta.
A “acidose crônica leve” é uma condição metabólica que
não vai nos matar, mas pode atrapalhar um pouco na obtenção de nossos objetivos
na academia.
Nota do
Nutricionista:
Este artigo mostra mais um detalhe importante na
otimização da saúde e no ganho de massa muscular.
Nossa alimentação moderna nos fornece muito facilidade
para ingerir alimentos extremamente ácidos o que prejudica muito nossa saúde.
Para combatermos esse problema nós precisamos
simplesmente evitar os alimentos ácidos e consumir uma quantidade maior de
vegetais; muito importante ressaltar que a diminuição da acidez preserva nossa
massa óssea e muscular, ajudando na prevenção da osteoporose e da sarcopenia.
Procurando na net achei mais informações da tabela PRAL aqui para quem se interessar http://www.healthconnexin.com/hcn1_0/Cuisine_PRAL.aspx
Continuando com o assunto de nutrição esportiva e medicina esportiva eu super recomendo os vídeos do Paulo Muzi no blog dele que estão como Muzi responde, diversos esclarecimentos e dúvidas saciadas de uma maneira técnica e ao mesmo tempo fácil de se entender eu adorei!!
Um beijãooooooooooo!!
Achei muito legal! Eu estava com sérios problemas de azia e acho que foi por isso! Na correria do dia a dia ficava ruim de comer salada fria o dia todo, aí eu nunca fazia.. algumas vezes fui no restaurante comer salada porque sentia falta, mas era muito pouco uma refeição só com salada por dia. Tive até que fazer uma detox, tomar remédio para melhorar a azia. Acho que tem tudo a ver esse texto! Curti! E curto muito o Muzy tb, to vendo todos os vídeos!!!! beijãoo Niu
ResponderExcluirPois é bru, estou me policiando agora tb...
ExcluirNiu, há algum tempo procurava algo sobre essa relação ácido-base. Tem uma dieta que apareceu uns 2 anos atrás considerando apenas isso... acho que a Bella Falconi citou no blog dela, mas eu nunca entendi direito.
ResponderExcluirJá vi tbm vegetarianos fanáticos que usam essa justificativa. Eu acredito, mas como disse seu nutri, não é só aí que se baseia uma dieta saudável.
Vamos comer toda a salada, hein? =P
Bjs
Também concordo, não é a base e nem precisamos calcular tudo nos minimos detalhes mas com certeza pensaremos 2x antes de desprezar as saladinhas né?
ExcluirAgora sempre que como salada lembro-me desse artigo Niu. Até o Dani leu, porque ele comia pouco, e a nossa nutri pegou no pé dele pra que inserisse as mesmas no dia a dia. Bjs
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirPesquisando pela net,encontrei o seu blog. Achei muito bacana e vou passar a visita-lo sempre,buscando inspiração.tô precisando,viu??? Vi que você cita um nutricionista e gostaria de saber: ele te atende online???Como funciona?? Bjo e sucesso pra vc!!